Estamos passando por uma transição no modelo de saúde e assistência, saindo de um enfoque de saúde como ausência de doença e um modelo assistencial puramente curativo, para uma visão mais ampla onde objetivamos mais fortemente restabelecer a capacidade funcional, aliviar o sofrimento, prevenir lesões e a morte prematura, cuidar daqueles que não podem ser curados e promover a saúde.
Apesar de toda a evolução científica brilhante do modelo curativo biomédico, o impacto na saúde pública não foi o esperado, talvez porque a saúde tenha sido colocada em segundo plano.
O sistema de saúde atual é ainda organizado e financiado segundo o modelo biomédico e voltado para o atendimento de doenças agudas. A nossa visão de saúde deverá ser ampliada para um modelo que inclua além do biomédico, a dimensão mental, social e espiritual do ser humano.
Esta visão mais ampla integra o conceito de medicina curativa com a medicina preventiva, promoção de saúde, bem-estar e produtividade, e reconhece a importância dos fatores psicológicos, suporte social, renda e comportamentos que protegem o indivíduo das doenças e incapacidades, incorporando o conceito de salutogênese (geração e manutenção da saúde).
Entendendo que o estado sócio-econômico é um determinante importante de saúde e doença, esta nova visão será crítica para o planejamento e a prestação de serviços de saúde para as camadas menos favorecidas da população.
Poderíamos definir saúde plena como um estado de bem estar bio-psico-socio-espiritual. São componentes interligados e interdependentes. A negligencia de um desses componentes predispõe ao estado de doença.
Os quatro componentes da saúde
Física: A saúde física é essencial, incluindo a integridade funcional e estrutural, mas sozinha é insuficiente. A genética e a epigenética são a prova de que as tendências geneticamente determinantes interagem com os fatores comportamentais e ambientais.
Mental: Fatores mentais incluem mais do que ausência de doença mental, se estendem ao estado emocional (humor), disposições (atitude mental) e crenças e expectativas (auto-estima, auto-controle, auto-eficácia). Os fatores mentais como estresse, depressão e inabilidade de mudar hábitos de vida contribui para o surgimento de doenças, a progressão de muitas e o gerenciamento de todas. Entender o papel destes fatores na saúde e na doença talvez seja a maior contribuição dessa visão ampliada de saúde.
Social: Usaremos o conceito de saúde social voltado para as interações do indivíduo com o meio e não com sua posição social na sociedade ou nível sócio-econômico. A saúde social está relacionada com a sociabilidade e a rede de suporte com colegas, amigos ou familiares. A rede social constrói comunidades e contribui para o suporte social, manutenção da saúde e recuperação de doenças.
Espiritual: Espírito é pensamento, motivação, sentimentos da humanidade, envolvendo códigos de ética e filosofia. Pode ou não estar relacionado com a crença em uma força superior. Uma pessoa espiritualizada tem um composto de crenças que lhe dá um significado na vida e uma fé e confiança em um mundo repleto de caos e insensibilidade. Quando compartilhado por uma comunidade, melhora o suporte social e a capacidade de lidar com o estresse. Estes fatores espirituais promovem a saúde, ajuda a recuperação de doenças e contribui para um estado de bem-estar.
Vamos fazer um exercício de construção de uma visão para o futuro da assistência em saúde:
O futuro já chegou!
Dr. Alexandre Ghelman
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